Divã


Primeiro de setembro.
Domingo de abertura.
Recontagem positiva.
O céu cor de cabiúna esconde o sol do pequeno-burguês.
Intelecto a afagar uma ideia.
Retrocesso em assombro
de um corpo encamisado surpreendido numa volteada.
Lembranças a reavivar o espírito.
Coração tal qual a ginja
deixa um sabor agradável.
Encachaçada por amores trêmulos
sob a óptica dos românticos.
Manhã de retreta ao som de pássaros libertos
recordam poemas em sextina de tempos remotos.
Necessário retorno
a amaldiçoar todas as profecias
que acabam por encamboar mente vazias.
Um desejo comunicante evoca à escrita
mesmo sob a rustiqueza de uma principiante.
Auto-retrato esboçado em alvoroço
torna nefando qualquer tentativa.

LCK