Cartões ilustrados (presente de Julian e Gil)
"Uma formiga atravessa, em diagonal, a página ainda em branco. Mas ele, aquela noite, não escreveu nada.
Para quê? Se por ali já havia passado o frêmito e o mistério da vida"
"Santo da minha devoção?
São Jorge, com seu cavalo e seu dragão.
Sou devoto dos três"
"Eles ergueram a torre de Babel para escalar o céu.
Mas Deus não estava lá!
Estava ali mesmo, entre eles, ajudando a construir a torre"
"Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos como essas nuvens no céu...
É só ganhar, toda a vida, inexperiência...
esperança..."
"Dizem que o poeta é produto do meio.
Bobagem!
O poeta é um produto contra o meio"
"Comecei a ser poeta como um cachorro que cai n'água e não sabia que sabia nadar.
E sabia..."
"A minha escola poética?
Não frequento nenhuma.
Fui sempre gazeador de todas as escolas..."
"E se alguém consegue conservar por toda a vida a criança que tem em si, esse alguém será realizado e nunca envelhecerá"
"E um dia os homens descobriram que esses discos voadores estavam observando apenas a vida dos insetos..."
"Se eu acreditar mesmo em tudo o que penso, ficaria louco"
"A morte é muito aperitiva: um aperitivo da vida...
O homem é o único animal que sabe que vai morrer.
Isso dá mais sentido, mais vida a cada momento nosso..."
(Mário Quintana)