Filme - The Wicker Man (O homem de palha)


Direção de Robin Hardy, 1973.
Muito bom.
Erótico. Enigmático.
O filme começa com uma grande escrita no muro: JESUS SALVA.
Um policial recebe uma carta anônima. Nela, a notícia de que uma jovem menina está desaparecida. É no interior e ele parte só para a investigação. No vilarejo, vê atos insanos. Sexo. Cantorias. Ritmos e rituais. Uma comunidade pagã que acredita em sacrifícios.


O cristianismo não é respeitado. Após várias abordagens, nosso detetive percebe que algo está errado. Ninguém colabora com informações. Por fim, descobre que tudo foi um jogo. O principal objetivo era a sua vida em oferenda aos deuses. A indiferença nos rostos é marcante e ninguém escuta suas réplicas a Deus. Fantástico. Teatral. Poético.


O Sargento Howie, como o cristão que é, entra em conflito com suas crenças ao longo da trama com o que encontra na ilha. Liderados pelo Lord Summerisle (Christoper Lee), praticam uma série de rituais pagãos e fundamentam sua pequena sociedade em cima dessas crenças. Algumas cenas do filme são clássicas e muito conhecidas, como a da professora Miss Rose (Daiane Cilento) que explica às crianças sobre o significado fálico do Mastro de Maio, ou o momento em que Summerisle fala que "acha que poderia voltar a viver com os animais" enquanto Howie, em orações, tenta manter-se controlado enquanto ouve os gemidos da mulher que, sozinha, está no quarto ao lado provocando-o. Outro dos momentos marcantes do filme é quando Summerisle, na posição de sumo-sacerdote da sociedade, questiona os valores conservadores de Howie. "Somos pessoas profundamente religiosas", confessa o sacerdote. Howie questiona sobre as igrejas em ruínas, sobre a falta de padres ou pastores e crianças dançando nuas. "Eles amam sua lição de divindade" responde Summerisle. 
Um belo enredo.



Robin Hardy, ficou tenso com a refilmagem de seu clássico de terror por Neil LaBute. Tanto que o cineasta inglês contratou um time de advogados para assegurar legalmente que seu nome não será relacionado à nova versão, batizada de O Sacrifício (2006). Ele teme que os fãs do seu clássico relacionem seu nome à refilmagem.

Os fãs do filme original criticam o remake porque o local da história foi mudado da Escócia para os EUA. Além disso, o sexo do chefe da vila onde se passa a história também é diferente.


Após presenciar um trágico acidente diante do qual nada pôde fazer, o policial Edward Malus (Nicolas Cage) fica abalado psicologicamente. Recebe então uma carta de sua ex-noiva, que o abandonara anos atrás sem explicações. Ela pede ajuda: sua filhinha, Rowan (Erika-Shaye Gair), desapareceu em Summerisle, uma ilha isolada na costa do estado americano do Maine. Lá ele se vê cercado por uma série de estranhos eventos, que vão se tornando cada vez mais grotescos à medida que avançam os preparativos para a festa anual da colheita promovida pela comunidade. Até que Edward é surpreendido por um encontro com o Homem de Palha.