Artinha...





E assim começa a história da moça mulher.
Minhas mãos estão grossas. O polegar direito exibe um inchaço causado pelo esteco. As esculturas também estão lá.
Agora, dormem.
Aguardam o tempo...


Logo, estarão secas.


Queimam. E voltam. Mais fortes.


Depois, coloco a cor.


Olho os detalhes.


E mais uma vez, vem o tempo da secagem.


Pronto.


São dois olhos a percorrer os lugares - os meus - ou são olhos outros?


Já não sei a diferença.


Aonde colocá-la?


Essa casa já parece um queijo suiço!


A parede está tranquila.


Estranhamente ela não parece lamentar a solidão.


Mas aqueles olhos famintos logo encontraram um espaço possível.


A parede não se alimenta mais de quadros - quer mais.


Ou não.


Mas que seja grande.


Distinto.


Que valha a presença...


Será um fim?


Ou um início?


Porquê dessa insatisfação com uma arte que não se sabe insatisfeita?