Anna Karenina

"Num mundo de poder e privilégio, uma mulher ousou obedecer seu coração"


Enquanto penso no último filme que assisti, escuto Praça das Flores, do "O vôo da Gaiovota" de Flávio Romano Scognamiglio. É tão interessante o quanto uma bela música aprofunda e dá significado a uma existência.
Um dia comecei a ler Anna Karenina, mas não fui adiante. O livro deve estar dormente em algum espaço escuro do baú. Romance não é a minha literatura favorita, no entanto, não poderia deixar de conhecer esta obra (nem que fosse bem de leve).
Foi assim que assisti ao filme baseado no livro de Léo Tolstói. Não há dúvidas que se trata de um dos maiores clássicos da história. São dois personagens distintos em que o maior medo é morrer sem ter vivido um grande amor.
Entre a aristocracia da refinada St. Petersburg acontece a paixão avassaladora entre uma mulher casada e um conde de alta patente do exército russo. Desafiando todas as convenções da época, eles ficam juntos. Mas Anna paga o preço da felicidade com a distância do filho, o vício no ópio e talvez com a própria vida.
A fotografia é deslumbrante, possui uma  detalhada reconstituição da época e uma trilha riquíssima, formada por peças clássicas de compositores do porte de Rachmaninov e Tchaikovsky, fazem de Anna Karenina um clássico inesquecível.
Há acontecimentos tão grandes que marcam a vida entre duas pessoas, que o trivial torna-se meramente composição.
Um filme de Bernard Rose, 1996.