Mais um filme do Woody Allen.
Dessa vez, nosso criativo diretor ultrapassa as fronteiras da comédia consolidando sua sensibilidade tresloucada e sua irreverência maliciosa e divertida com a predisposição para o humor visualmente cativante. Allen revela-se um cineasta "inteligente, sofisticado e com visão do cômico" (Cue).
Allen arrasa com diversas vinhetas ilárias que satirizam as questões mais complicadas da sexualidade. Os afrodisíacos mostram-se eficazes para um bobo da corte que consegue a chave para o coração da rainha, mas descobre que a chave para o seu cinto de castidade poderia ser mais útil. Atos não naturais tornam-se selvagens e felpudos quando um bom doutor (papel do incrível Gene Wilder) apaixona-se por uma caprichosa e fofinha ovelha vinda dos Alpes da Armênia. Nesse instante, não tem como você não rir muito de toda a situação.
Igualmente interessante o episódio do fim, quando o corpo humano é visto como uma máquina repleta de pequenos homenzinhos responsáveis por cada setor do organismo.
É uma boa sessão para um final de noite.