Produzindo colares

Aumenta a produção





























Filme - O escafandro e a borboleta


Direção de Julian Schnabel.
"Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória".


É um drama perceber que, de repente, a vida ficou totalmente limitada. Como a maioria das pessoas que passam por uma experiência semelhante, Bauby sente pelo o que não fez. Sofre por não ter dado mais atenção a família, tempo para um amigo, para as pequenas passagens, entre outras coisas. O personagem contava com duas opções: ou se entregava ao lamento de si mesmo, ou daria um destino à sua rotina. Foi assim, que Bauby começou a escrever um livro - memórias e descrições do momento em que se encontrava.
O filme foi baseado em uma história real. Morre dez dias após o lançamento do livro. 

*Filme - A pele

A história mostra a relação de Diane Arbus (Nicole Kidman) com o seu enigmático vizinho Lionel Sweeney (Robert Downey Jr.).
Na verdade, o filme está longe de ser uma biografia de Diane Arbus (1923), mas apresenta situações que tentam expressar o que se passava em sua mente. Digamos que se trata de um retrato imaginário. A fotógrafa americana marcou a história da fotografia contemporânea com as suas imagens de figuras bizarras desde os anos cinquenta até meados dos anos sessenta.
Quem não conhece o trabalho de Diane pode achar o filme cult demais, ou simplesmente não entender nada. Mas esta é uma obra de arte que vale a pena ser vista. Interessante observar a sua trajetória, seus conflitos. A fama e o suicídio em 1971. Sua arte lembra muito a fotografia de Peter Witkin: - “Ninguém jamais descobriu a feiúra por meio de fotos. Mas muitos, por meio de fotos, descobriram a beleza.”
O que você procura? - "Alguém incomum", diz ela.
No filme, temos uma delicada mãe de família, casada com o fotógrafo Allan Arbus. Ela o ajuda na composição das cenas e na escolhas do figurino. Sua família é rica e é uma das mais famosas vendedoras de pele da região. Aquilo tudo para ela parecia ser terrível demais e ao mesmo tempo emocionava-se com a vacuidade de sua vida.
Quando um estranho vizinho muda-se para o mesmo prédio, tem início um despertar, que a faz tirar férias do papel de ajudante do marido e pede autorização a este para fotografar aos vizinhos.
Inicía-se uma relação de admiração entre os dois.
Diane passa a fazer parte de um outro mundo. Pessoas diferentes, rejeitadas, marginalizadas, deficientes. 
Nicole Kidman teve uma boa atuação. Representou uma pessoa tímida, delicada, em que não são os gestos bruscos que chamam a atenção, mas as sutilezas do tóque, do olhar, da emoção que conseguiu passar com muito talento.   
O filme é muito poético. Tem esse sentido de desejar pelo diferente. De não ser apenas mais uma parte previsível do mundo "normal".


“O que eu mais gosto é de ir onde nunca estive. Quando chega o momento de partir, de ônibus ou de táxi, para o outro extremo da cidade, é como ir de encontro ao desconhecido. Sempre foi assim. E às vezes entro em pânico". (D. Arbus)

Filme - Lições para toda a vida


Walter (Haley Joel Osment) é um garoto introvertido, que foi obrigado pela mãe a passar um verão com os tios. Ele não os conhecia e acreditava que seriam momentos muito ruins. Garth (Michael Caine) e Hub (Robert Duvall) já eram homens com bastante idade e com uma mentalidade forte. A fama dos dois irmãos era a enorme quantidade de dinheiro que eles tinham escondido em algum lugar na fazenda. O passa-tempo deles era expulsar os frequentes vendedores que traziam os mais exóticos produtos. Com a aproximação do menino as coisas mudam. Para que ter tanto dinheiro se você não o usa? - diz ele. E assim, aqueles homens do campo, começam a descobrir e a brincar com as mais diversas possibilidades. 
Ambos têm passados recheados de mistérios, que Walter começa a decifrar aos poucos e que fazem com que o garoto se aproxime cada vez mais dos tios.

Com o tempo, fica em dúvida sobre a verdade contida nas histórias. Para o menino, já bastava ter uma mãe que mentia e que sempre encontrava desculpas para não levá-lo em suas constantes viagens. A única coisa que ele pediu, assim, para aqueles mais queridos familiares, é que não mentissem para ele. 

O filme nos reporta a aventuras, desafios e mostra que nem sempre tudo o que parece é. No fundo, acreditar em algo que nos faz bem e feliz é bem mais importante do que duvidar de sua real existência.






Filme - Um psicólogo


Direção de Jonas Pate.
Não é um filme que eu indicaria. Ele até que é interessante em algumas partes. Mas acredito que poderia ser "pesado demais" para muitas pessoas. Em todas as cenas praticamente, tem alguém fumando ou usando drogas mais fortes. Poluição. Mas no fim, pensamos sobre a importância do objetivo de vida. Até que ponto se vive apenas em relação ao outro? A perda de alguém próximo. Como lidar com o suicídio de uma pessoa amada? A superficialidade da fama. 
Kevin Spacey é Henry Carter, psicólogo de celebridade em Los Angeles. Em sua lista de clientes estão: uma famosa atriz, Kate Amberson, um jovem escritor descontrolado e inseguro, Jeremy, e um agente obsessivo-complusivo, Patrick. Desiludido com sua carreira e vida pessoal, a única esperança de salvação para Henry poderia ser de seu primeiro caso fora das celebridades, porém uma problemática garota, Jemma. Mas considerando o seu atual estado de espírito, Henry estará pronto para os problemas da vida real de alguém que vive longe das colinas de Hollywood?

Bem marcante a parte em que o psicólogo escreve um livro sobre a felicidade. Sua obra é um sucesso de venda e ele acha incrível que as pessoas comprem e leiam tais considerações. Para ele, não há respostas sobre como ser feliz. Tudo não passa de uma fraude. Com o tempo, sequer ele ainda lembrava do que tinha escrito. Fica a questão: para que escrever sobre aquilo que não acreditas? Para ele foi uma tentativa de consolo, assim como muitas pessoas esperam dos livros de auto ajuda. 
Até pode funcionar por um tempo, mas em muitos, a mente em sua profundidade continua em sua mesma direção.
Como na música, cada um sabe a delícia ou a dor de ser o que se é. 

Filme - Mãos talentosas

Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava más notas na escola. Vivia com a mãe e o irmão em uma pequena casa. Na escola, era motivo de riso pelos colegas. Suas notas eram baixas. Entretanto, com o tempo e devido ao incentivo de sua mãe, mudou drasticamente sua forma de ver os estudos e a vontade de ser alguém importante no mundo. Aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA. Em 1987, o Dr. Carson alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida separação de dois gêmeos siameses, unidos pela parte posterior da cabeça - uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas horas de cirurgia. Sua história, profundamente humana, descreve o papel vital que a mãe, uma senhora de pouca cultura, mas muito inteligente, desempenhou na metamorfose do filho, de menino de rua a um dos mais respeitados neurocirurgiões do mundo.

A história fica como um belo exemplo de vida para a humanidade. Talvez até o papel da mãe emocione mais do que a atuação do personagem principal. Uma mãe que teve consciência das dificuldades pelo qual passou e motiva seus dois filhos para que tenham um futuro diferente e respeitável. Com o tempo ela conseguiu que suas crianças já não ficassem mais na frente da TV. Tiveram que escolher apenas um programa preferido por semana. Além disso, a cada sete dias, tinham que ler para ela o resumo de um livro emprestado da biblioteca. Interessante é que com o hábito de ler, eles começaram a ter gosto pelas histórias e a imaginar situações. O programa de televisão favorito, uma comédia de pergunta e resposta, já não tinha mais graça.
Fica como marca a potência do incentivo. Do desejo forte de uma vida próspera aos filhos. Uma mulher que trabalhava como faxineira, não sabia ler, mas era tão elegante e convicta em sua moralidade que até chega a contrastar com a ambiguidade da situação.
É uma história emocionante para quem aprecia momentos de superação.
  

*Filme - Um Buda


"Nada há para ser conquistado, apenas ignorância por ser removida".
(Ramana Maharshi)

É um filme bem interessante pra quem gosta de uma boa reflexão filosófica.
A história tem como foco as diferenças entre dois irmãos que moram em Buenos Aires. Um deles é espiritualista, medita e faz jejum. O outro é professor de filosofia - um racionalista que questiona a existência de Deus.
Cada qual na sua rotina quando a busca por respostas acaba por aproximá-los e a despertar o Ser em ambos.
Há passagens lindas sobre a alma, mensagens para a vida. Destaque para os diálogos sobre filosofia. Segundo um personagem, a grande diferença entre a filosofia do ocidente do oriente é que aqui qualquer um pode passar palavras sábias enquanto seus atos são insanos. Ao contrário, no oriente, é a prática que conduz ao caminho iluminado.

"A transitoriedade das coisas que mais estimas pode inspirá-lo a buscar algo que não lhe possa ser tirado".
(Tarthang Tulku)

Detalhes da praia

Cores

Repetição

Movimento

Permanência

Contrastes

Meio

Panquecaria Imbé

Delícia

Jardim

De passagem

Imaginação

Confluencias

Repouso

Procura

Delicadeza