Luiz Tatit apresenta novidades

Mais uma vez o músico e compositor paulista Luiz Tatit apaixona pela poesia de suas letras. O último cd "Sem destino" (lançado recentemente) mescla filosofia e canção de forma tão especial quanto a primeira obra "O meio".
Vale a pena o registro.


Música de abertura do cd:

Tudo que era o meu destinho
Na verdade nunca me aconteceu
Pode ter acontecido com alguma pessoa
mas não era eu
Vivo assim na vida sem previsão
Todo mundo tem destinho
Eu não
Muitos fatos são de fato fatais
Não confio na fortuna jamais
Tudo por acaso e nada mais
Tudo que já estava escrito
No meu caso nunca se concretizou
Só talvez no aniversário
que é na mesma data nunca se alterou
Era pra eu já ter encontrado um amor
Era pra eu já ter esquecido o anterior
Era pra eu já ter aprendido a sonhar
Era pra eu correr o mundo e voltar
Mas viagem sem destino não dá
Quero minha sina
Quero minha sorte
Quero o meu destino
Quero ter um norte
Quero ouvir uma vidente que me conte tudo
sobre a minha sorte
só esconda a morte
Quero uma certeza mínima que se confirme
não seja trote
Por não ter o meu destinho
vivo em desatino como o Dom Quixote
Quem não tem o seu destino chega a noite pensa que tudo acabou
Se levanta muito cedo nunca sabe bem porque levantou
Nada tem urgência para comprir
Pode virar do outro lado e dormir
Pode ficar nessa até o entardecer
Todos os amigos vão entender
Levantar sem ter destinho pra quê
Quero a minha sina
Quero minha sorte
Quero o meu destino
Quero ter um norte
Quero ver uma vidente que me conte tudo
só me esconda a morte
Quero uma certeza mínima que se confirme
não seja trote
Por não ter o meu destinho vivo em desatino como o Dom Quixote
Ser assim tão sem destino me preocupa muito
me deixa infeliz
Sempre quis o meu destino
Foi o meu destino que nunca me quis
Mesmo algum sucesso que ele previu
Era pra me revelar
Desistiu
Acho que ele foi atrás de outro alguém
Pois destino tem destino também
E só revela aquilo que lhe convém
Quero minha sina
Quero minha sorte
Quero o meu destino
Quero ter um norte
Quero ver uma vidente que me conte tudo
só me esconda a morte
Quero uma certeza mínima que se confirme
não seja trote
Por não ter o meu destino
vivo em desatino como o Dom Quixote

Pinto Bandeira

Pedaço de paraíso dentro de Bento Gonçalves





Cascata dos Amores

Vinícola e pousada Don Giovanni
(especialidade em espumantes)





Vinhos de Montanha para visitação
Terraças; Don Giovanni; Geisse; Aurora; Valmarino e Pompéia. 

Roteiro Turístico Caminhos de Pedra


Casa da Ovelha



Restaurante Casa Vanni
Aberto todos os dias das 12h às 15h (menos nas quartas) 
F: (54) 3455-6383

Casa da Erva-mate

Restaurante Nacasadepedra
F: 8123-5990




Restaurante Nona Ludia
F: 3454-9756

O Restaurante serve uma sequencia que inclui tábua de frios, pão colonial, pimentão e cebolinha em conserva, sopa de capeletti, piem (carne, pão ralado, queijo ralado, ovos, temperos e nós moscada), salada verde, salada de batatas, polenta e queijo à milanesa, spaghetti ao molho sugo com carne - ao molho de alho e óleo e ao molho branco, nhoque, frango, vitela e picanha.
Tudo isso por R$ 24,00.
Também possuem uma vasta carta de vinhos - especialmente da Serra Gaúcha. 


No roteiro ainda existem outros pontos para visitação:
Lovara Vinhos Finos; Casa do Tomate; Casa do artesanato e Casa das masas; Casa da tecelagem; Vinícola Salvati & Sirena; Cantina Strapazzon e Casas dos doces Predebon.
Mais informações em http://www.caminhosdepedra.org.br/ 


Jantinha na Lovete


Apenas alguns detalhes





Essa torta de sorvete estava deliciosa.
Aliás, tem que ser a original mesmo.

Duas surpresas

Um casal diferente passeou pela casa hoje





Esses nem precisam de convite!
LINDA É A NATUREZA

Obrigada

Filme - A igualdade é branca


TRILOGIA DAS CORES
"Enquanto houver a incompreensão, homens e mulheres viverão a desigualdade"

A "Igualdade é branca" faz parte da Trilogia das Cores do mestre Krysztof Kieslowski, que tem como lema as cores e os lemas nacionais da França: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

No filme, o polonês Karol casa-se com a francesa Dominique e muda-se para Paris. O casamento não dá certo e Dominique pede o divórcio. Karol passa a viver como mendigo na capital francesa. Conhece e faz amizade com um polonês que vive em Paris. Este o ajuda a voltar para a terra natal. Após muitos contratempos, ele consegue enriquecer e, ainda apaixonado, trama uma inusitada vingança contra a ex-mulher.  

Restaurante - Joaquim Assador

Um recanto de lugar
Pra quem gosta de uma refeição simples e saborosa, vale a pena conhecer o restaurante bar Joaquim Assador.
Servem assados, petiscos, bacalhau, massas especiais, saladas orgânicas, sobremesas e bons vinhos.
Neste local, a sensação é de estar em um típico restaurante gaúcho, com produtos servidos nas melhores cantinhas regionais.

De terça à sexta - almoço executivo
Terça à sábado - happy hour e jantar
Sábados e domingos - almoço e a la carte


Para acompanhar nosso almoço, a sugestão do chef foi um Milantino cabernet sauvignon. Uma ótima escolha do Vale dos Vinhedos. Um vinho tinto seco com aromas que lembram chocolate, especiarias e baunilha. Teor de acidez discreto e maduro. Ideal para acompanhar carnes vermelhas e pratos mais temperados como foi o caso.

Na sequencia, após uma leve salada, um escondidinho de charque.
 Uma delícia servida bem quente, com purê de mandioquinha e muito queijo derretido.  Que diferente, heim.

Um petisco básico também acompanhou o arranjo. 

Os pratos quentes são caprichados. Tudo vem fervendo em pequenas panelas de ferro. O feijão estava muito saboroso - bem temperado com o caldo denso e os grãos ao ponto.

O Joaquim Assador
 fica na Avenida Palmeira, 605
Petrópolis
Fone: 3012-9237


Filme - Ander

Um filme marcante sobre as escolhas individuais.
Ander, fazendeiro quarentão, leva uma vida rotineira e estável. Ele mora com a mãe e a irmã numa área remota do País Basco. Passa seus dias entre o emprego numa fábrica de bicicletas e o trabalho no campo. Quando quebra a perna em um acidente, decide contratar José, um imigrante peruano, para ajudar no serviço. Em pouco tempo, os dois homens transformam-se em grandes amigos, e Ander descobre sentimentos que até então desconhecia. Ele vê seu relacionamento com amigos e parentes ser alterado, e precisa decidir se deseja realmente incluir José em sua vida.

Estação do Café


Um lugar para contemplar

Pelas andanças nessa estrada, descobri um lugar muito especial. Trata-se de um pequeno barzinho e café localizado a exatos dez quilômetros de Farroupilha, na Serra Gaúcha, sentido Garibalde.

O ambiente é acolhedor e a decoração inspira a qualquer artista. A casa serve variados cafés e conta com uma boa lista de vinhos, incluindo Benegas e Casa Silva. Nas sextas, o foco são as pizzas. A de calabresa picante e tomates secos com rúcula estavam deliciosas.

Vale a pena conferir esse lugarzinho acolhedor. No inverno, também serão servidos caldos quentes e variados.
Música ao vivo também nas sextas.  
As paredes são decoradas com fortes cores e trabalhos de diversos artistas, incluindo criações de Farroupilha e Caxias.
Minha surpresa foi encontrar um desenho de Iberê Camargo sobre o tema "O homem da Flor na Boca" - peça teatral de Manoel Aranha (parente da dona do bar).

 Ainda em Farroupilha inaugurou recentemente um outro local bem interessante: Croasonho Café. Este fica bem no centrinho da cidade.
 A decoração não deve nada aos lugares mais charmosos da capital.
Falta ir conferir!

Ainda nada sabemos sobre o ser

O terremoto ocorrido no Chile em fevereiro ainda choca por suas consequencias. Além da perda material básica e de perdas humanas, a decadência moral é algo que perturba e preocupa.
Segundo o Jornal da Universidade de abril "três dias após o abalo sísmico, moradores tanto de bairros periféricos como de regiões de classe alta e média saquearam estabelecimentos comerciais, assaltaram edifícios públicos e residenciais. Alguns chegaram a praticar atos de vandalismo, incendiando e destruindo construções e instalações de infraestrutura".
Tentamos imaginar o pavor e o medo que tomou todo o país. Como podem pessoas que pareciam "normais" e que não tinham antes praticado nenhum delito, se aproveitar de uma circunstância de caos para extravasar seu instinto mais animal e grotesco? 
"Os materiais roubados nos centros e nas áreas comerciais das cidades mais devastadas viraram mercadoria para venda nos bairros residenciais mais pobres. Enquanto isso, a polícia e os bombeiros dividiam o tempo entre o resgate de mortos e feridos e a coação aos crimes, sem contar a agravante da falta de iluminação".
Como explicar esse fenômeno? Vemos grande semelhança com o livro (e filme) "Ensaio sobre a cegueira".  O foco dessa obra de Saramago nem é mostrar como a debilidade física pode afetar a vida humana, mas sim apontar para o "terremoto interior", o desmoronar completo de uma sociedade que perde a sua civilidade. Da mesma forma, como na vida real de todas aquelas pessoas no Chile, oportunistas passam a criar um caos ainda maior do que a causa primeira. É impressionante como as pessoas parecem se tornar outras mediante certos episódios. Igualmente, temos o exemplo menor de acidentes, em que as pessoas furtam a carga de caminhões ou até se apossam dos pertences das vítimas.
Certamente percebemos uma forte distinção hoje entre a diversidade humana. Ainda bem que há essa diferença e que ainda podemos contar com pessoas cujo coração parece ser maior do que de vários outros seres juntos.
O que existe no mundo pode se manifestar no grandioso e também em atos mesquinhos de menor intensidade. 
Não passei ainda pela experiência de ver fisicamente atos de vandalismos empreendidos por um grupo. Apesar disso, observo o quanto estamos cercados de seres que não dão a mínima para o outro e não respeitam limites. A verdade é que além do mundo estar super populoso, cada um precisa de muito espaço e muitos bens para sobreviver. Notamos aqui que o dinheiro e o poder não valem nada para a moral. Quantas vezes nos sentimos perturbados por aqueles indivíduos que gritam ou falam alto, bebem e comem como animais selvagens, falam mesquinharias, dirigem como loucos e ficam por aí espalhando mal estar por onde passam. É sim, dinheiro não traz elegância, bom gosto ou caráter. As pessoas ainda não perceberam que nada disso tem importância. O que vale nesta vida é cultivar o bem, o amor e a amizade por aqueles que admiramos e que nos trazem bons momentos.
Penso que todas as pessoas querem viver com paz, amor e felicidade, mas quando se comportam mal umas com as outras é porque alguma dessas qualidades estão em decadência.
Acredito que todos somos energia. Uma forma de poder que só pode se manifestar quando a percebemos e desenvolvemos. O maior castigo para aquele que faz crueldades é continuar sendo ele mesmo, sempre e sempre.      
   

Show - Tum Tum Tum e Tambores de Minas


O espetáculo "Tum Tum Tum e Tambores de Minas" celebrou a bela parceria entre voz e percussão. Nele, a cantora e compositora Déa Trancoso se uniu a sete percussionistas mineiras para apresentar algumas peças da cultura popular brasileira, algumas dessas, já registradas em seu trabalho solo no álbum "Tum Tum Tum".
Na apresentação no Unimúsica, Déa dividiu o palco com as percussionistas Analu, Alcione Oliveira, Daniela Rennó, Samantha Rennó, Flora Lopes, Maria Milagros Vazquez e Bruna Bizzotto, todas moças jovens e talentosas que levantaram fortes aplausos da platéia.
Entre os instrumentos, tambores mineiros, pandeiros, tamborim, vibrafone, triângulo, palma de mão e patangome.
A vocalista Déa Trancoso além de ser cantora também compõe, apresentando uma linda canção de sua autoria.
Seu primeiro disco, "Tum Tum Tum", recebeu quatro indicações ao Prêmio de Música Brasileira de 2007 e acaba de ser relançado pela Biscoito Fino.
O show já passou por diversas cidades brasileiras e ainda em alguns países como Itália, França e Portugal.



Déa Trancoso aprensentou esse show com muita leveza e originalidade.
Voz e corpo que interagiram com o espaço do início ao fim.
Com o teatro quase cheio, elogios carinhosos partiram de diversos pontos da platéia. 
Ficou a sensação de realmente ter sido algo único, expressão da pura arte de cantar, tocar e atuar de belas mulheres que enfeitaram a noite de todos nesta quinta-feira.
     
Algumas canções:
Ladainha para os orixás
Tupinambá
Galho por galho
Piãozim de ouro
Curiatá
Coco da véia (coco)
Nanã (acalanto)
Vestido curto (batuque)
Passarinho pintadinho (lundu)
Luandas (maracatu)
Grande Poder (coco)
Guriatâ (boi)

Noite de estréia - John Cassavetes

Um título teatral e atuações teatrais, nesta obra prima de Cassavetes.
Gena Rowlands, como uma atriz em crise por não querer encarar o fato de estar envelhecendo, entra em um redemoinho emocional atormentador após a morte de uma fã, poucos instantes após um estranho e próximo contato.
Há uma extraordinária sequencia, que se inicia na saída do teatro, envereda-se pela rua com uma iluminação noturna e artificial sobre a rua, entra no carro e já não consegue esquecer o episódio.
É como se a morte da garota (que se parecia com ela) intensificasse ainda mais a sensação de sua própria morte (através do medo da idade).
Tudo isso se torna a base para o início mais evidente da queda emocional da atriz.
O filme é acompanhado por uma música em ritmo grandiloquente que surgirá por diversas vezes durante o trancorrer da história, deixando no ar uma sensação estranha, que na realidade, representa mais uma maneira de intervenção do diretor, com o provável propósito de evidenciar o espetáculo, afastando-o e o posicionando acima da vida comum.
(Opening Night - 1977/EUA)

Filme - O casamento de Margot


Do diretor / roteirista indicado ao Oscar Noah Baumbach (A Lula e a Baleia, 2005), esta é uma verdadeira, ousada e divertida análise do carinhoso, absurdo e às vezes exasperante relacionamento entre irmãs. Este filme desnuda todos os aspectos da comédia humana. Margot (Nicole Kidman), uma brilhante escritora de contos, selvagem e de língua afiada, que cria o caos por onde passa, faz uma viagem de surpresa ao casamento de sua liberal irmã Pauline (Jennifer Jason Leigh). Margot, com seu filho Claude (Zane Pais) à tiracolo, chega com a força de um furacão. No momento em que conhece o noivo de Pauline - uma artista desempregado (Jack Black) - Margot começa a plantar sementes de dúvida sobre a união.




Filme - Fatal (Penélope Cruz)

Direção de Isabel Coixet.
Neste filme o carismático professor David Kepesh (Ben Kingsley) diverte-se com a conquista de jovens e ousadas estudantes, mas sem deixar que uma mulher se aproxime demais. Já foi casado, mas acredita que foi um erro entrar na (Instituição Casamento). Um dia conhece a linda e sedutora Consuela Castillo (Penélope Cruz) em uma de suas aulas. A jovem moça o cativa e o perturba. O desejo de David por Consuela se torna uma obsessão capaz de transformar sua vida.
Fatal explora o poder que a beleza tem em cegar, revelar e transformar as pessoas.
É marcante no filme os limites em uma relação. David com trinta anos a mais que Consuela, vê a diferença de idade com insegurança. Para ele, mais cedo ou mais tarde, ela iria se cansar dele. Os conselhos do seu melhor amigo também o perturbam. Interessante pensar como o medo de perder uma felicidade no fututo, compromete todo o prazer em viver o presente.É um filme bem denso que aponta pra fortes personalidades. 
Apenas não gostei do final. Fechar com tanto drama não parece ter sido uma escolha feliz. Mesmo assim trata-se uma obra bem poética.