Por fim... Dança

Mortal Loucura
O Grupo Corpo é uma companhia de dança que teve origem em Belo Horizonte e que  tem produzido diversos espetáculos distintos.
Entre eles, seleciono "Onqotô" (2005).
Existem muitos trechos de outras apresentações no youtube.
O trabalho deles é fantástico.

http://www.youtube.com/watch?v=84MlvAffIe8

Voltarei na segunda



(Adiamento - Fernando Pessoa)

Filme - Desejo e perigo


Vencedor 64 Festival de Veneza - Melhor Filme

"Romance negro. Faz do amor algo poderoso, uma força transcendental que une duas pessoas, não importa o quão cruel seu relacionamento"
(Desson Thomson)

Realizado por Ang Lee, considerado um dos mestres do cinema mundial, ganhou dois prêmios no Festival de Veneza: Direção e Fotografia.

Shangai, anos 40. A cidade continua ocupada pelos japoneses. Um grupo de estudantes universitários se une para traçar um plano radical e ambicioso de assassinar um alto colaborador, o senhor Yee.
Para isso, eles precisam formar uma espiã. Uma garota jovem e bela capaz de se aproximar da vítima e o seduzir. A escolhida para tal função foi a delicada e tímida  Wong.
Yee e Wong viverão uma paixão incandescente e ao mesmo tempo muito perigosa.
O quanto alguém pode se ferir por um ideal? Há limites?
Até que ponto o ódio pode se transformar em amor?
Se deve perdoar uma traição?
Um filme erótico com um final surpreendente.

  

*Atenção pessoas sensíveis: cenas fortes de assassinato, crueldade e nudez completa. 

Parar para pensar

“Criar é não se adequar a vida como ela é, nem tão pouco se grudar às lembranças pretéritas que não sobrenadam mais” (Waly Salomão)

                                  (Salvador Dali)

Achei tão interessante a reportagem de sábado de Zero Hora (24/07/2010) que não poderia deixar de fazer um registro.
Através do Festival de Inverno de Porto Alegre, Abrão Slavutzky, Edson de Sousa e Júlio Conte tratam do tema - "As cinco propostas para não se adequar à vida como ela é". Três tópicos estarão sendo abordados durante toda essa semana: Como conferir ao dia a dia um pouco mais de ficção, diversão e utopia, sem descaracterizar a dureza e a seriedade da vida?
O primeiro passo é não tomar como certo "tudo o que está aí".
Queríamos valorizar essa idéia de desvio, de se poder criar uma espécie de resistência a essa vida como ela é, com tanto automatismo, repetição, acomodação. E é difícil fazer esses movimentos que vão contra o instituído.
Pincelo aqui, algumas partes do texto de Carlos André Moreira e Fábio Prikladnicki.

A vida apressada nas cidades, a impessoalidade dos tempos atuais, a obsessão pelo trabalho.
O fazer para não se deixar levar pela roda-viva que embota os espíritos?

A incerteza
Em um mundo em perpétuo movimento, parece haver uma saudade brutal da época em que as utopias prometiam a chegada a um estado final de imobilidade, perfeição e mudanças. E essa saudade vira uma exigência desesperada por respostas, definições, certezas. É essa a linha de reflexão que o dramaturgo e psicanalista Júlio Conte desenvolve. Conte não fará propostas, fará "anti-propostas", propostas negativas. Ou seja, em vez de respostas, fará perguntas:
- Na minha concepção, a vida como ela é hoje está empobrecida, enclausurada, fechada em conceitos congelados, em conceitos políticos emburrecedores. A ideia seria como desmontar o nosso sistema atual, que o tempo todo pede certezas e afirmações. Na pergunta tem uma proposta. Não é a nossa ideia oferecer uma nova verdade, é questionar os preceitos que fazem a vida ser como ela está, é apresentar uma nova pergunta. Provocação: é preciso realmente buscar as respostas de forma tão desenfreada a ponto de esquecer o valor de fazer as perguntas?
- Os modelos modernos de 1968 tinham uma ideia de que alguma coisa tinha solução, que havia uma resposta a ser dada para alguma coisa com a ideologia. Mas hoje já se descobriu que até equações para um problema lógico, científico, podem ter mais de uma resposta. Ou seja, a incerteza faz parte da realidade, e resta à gente aceitar isso em vez de ficar substituindo sempre uma verdade pela outra.
Tal entendimento se espalha até mesmo para o campo de atuação de Conte e de seus colegas.
- Os pensamentos psicanalíticos se inseriram de tal forma na cultura que viraram clichês, ninguém acredita mais em Complexo de Édipo da maneira original. Tem de ter uma nova noção sobre esses pensamentos, é preciso refletir para chegar ao que não é o entendimento comum. Por isso a proposta com o "não".
*É preciso se livrar das certezas.


 Ler pelo não

    Em cada ausência, sentir o cheiro forte
do corpo que se foi,
a coisa que se espera.
Ler pelo não, além da letra,
ver em cada rima vera, a prima pedra,
onde a forma perdida
procura seus etcéteras.

Desler, tresler, contraler,
enlear-se nos ritmos da matéria,
no fora, ver o dentro e, no dentro, o fora,
navegar em direção às Índias
e descobrir a América.

(Paulo Leminski - Distraídos Venceremos)



Grandes são os desertos...

Filme - La double vie de Véronique


Cannes - Prêmio da crítica internacional e de melhor atriz

Véronique vive em Paris, Varsóvia. A atriz Irene Jacob (do filme A Fraternidade é Vermelha) interpreta essas duas mulheres que nasceram no mesmo dia e que, de alguma maneira, à distância, sentem a presença uma da outra. Essa estranha conexão interfere em suas vidas e relacionamentos.
Ao som da trilha sonora de Zigniew Preisner, uma das mais belas da história do cinema, Kieslowski constrói um drama de imagens inesquecíveis. Se você gostou de trilogia das cores, não deixe de ver esse filme (1991).
Como nas demais produções desse diretor, marca a riqueza dos detalhes e das cenas lentas. A delicadeza da personagem de Irène e as cenas de mistério lembraram o filme também francês de Jean-Pierre Jeunet, Amélie, de 2001.

As inspiradoras esculturas de Philippe Faraut

Fim de domingo ...

























(ensaios visuais de Luiz Antonio Felkl)


... e ficamos a sonhar com o atelier

Pérolas aos poucos - Ná Ozzetti

O retorno de Bocuse


Com esse friozinho ficamos ainda mais inspirados a boa mesa.
Um caldinho é uma ótima opção pra quem deseja algo saboroso e bem quentinho. 
Dessa vez, experimentei uma receita nova do chef francês.
Repasso os ingredientes. Fica muito bom e é fácil de fazer. 

    

Tempo de preparo: 20 minutos
Tempo de cozimento: 35 minutos

SOPA DE ABÓBORA
Ingredientes para 4 pessoas
500g de abóbora, de preferência a abóbora-moranga (jerimum)
300g de batatas
2 alhos-porós
100 ml de crème fraîche (creme de leite fresco, levemente ácido)
12 croûtons na manteiga
60g de manteiga
noz-moscada
sal e pimenta-do-reino

Descasque a abóbora, lave-a em água corrente e corte-a em cubos de cerca de 2 cm.
Descasque as batatas, lave-as e corte-as igualmente em cubos.
Limpe o alho-poró e corte-o em pedaços.
Coloque a abóbora e a batata em água fria e ponha para cozinhar.
Numa frigideira pequena, refogue suavemente o alho poró na manteiga e junte-o à abóbora e à batata.
Deixe ferver em fogo médio por cerca de 20 minutos sem cobrir.
Terminado o cozimento, use o mixer ou o liquidificador para obter um creme.
Acerte o tempero com sal e pimenta-do-reino moída na hora.
Deixe cozinhar por mais 5 a 7 minutos.
Aqueça a sopeira.
Enquanto isso, refogue na manteiga algumas torradas de filão fatiado e mantenha-as aquecidas.
Acrescente o crème fraîche à sopa e rale sobre ela um pouco de noz-moscada.
Despeja-as bem quente na sopeira e sirva com os crôutons.  


Ao invés dos crôutons, optei por uma torradinha de pão francês que levei ao forno com alho processado e queijo brie.
Para finalizar, um fio de azeite extra virgem White Truffle e pimenta branca moída.

Tolstoy


"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo"

Mais um filme profundo e comovente que nos faz refletir sobre as decisões pessoais e suas consequencias. A obra é uma dramatização da vida do escritor russo Lev Nikoláievich Tolstoi (1828 - 1910). Também encontramos em diversos textos o nome Leo Tolstoy.
Tolstoy foi um marido devotado e apaixonado, porém seus ideais vinham em primeiro lugar. Sofia iniciou sua relação com o pensador como secretária, chegando a transcrever, à mão, o longo romance "Guerra e Paz" seis vezes. 
Após cinquenta anos de casamento, nos turbulentos últimos anos de sua vida, Leo Tolstoy (Christopher Plummer) se vê dividido entre sua doutrina da pobreza e da castidade e de sua enorme riqueza, seus 13 filhos e uma vida de hedonismo.
O escritor foi um pacifista e um grande crítico das ações do governo e da igreja. Para ele, a vida deveria ser mais simples e próxima a natureza - "a felicidade é estar com a Natureza, ver a Natureza e conversar com ela".
Outra citação: "Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas".
Os conflitos em família ainda ficaram mais pungentes no final de sua vida. Através de um testamento, Tolstoy doava todos os bens, algo inaceitável para esposa e a relação entre ambos tornou-se insuportável.  
Ele decide sair de casa em uma viagem, mas seu estado de saúde precário o impede de seguir adiante, fazendo-o acreditar que está morrendo sozinho.
Recebeu duas indicações ao Oscar de Melhor Atriz (Helen Mirren), Melhor Ator Coadjuvante (Christopher Plummer) e cinco indicações para o Spirit Awards, inclusive filme, direção e roteiro.
Entre suas obras mais famosas estão Anna Karenina, que trata do caso extra-conjugal da personagem que dá título à obra, uma aristocrata da Rússia Czarista que, a despeito de parecer ter tudo (beleza, riqueza, popularidade e um filho amado), sente-se vazia até encontrar o impetuoso oficial Conde Vronski. Esta obra também possui uma versão cinematográfica.
E Guerra e Paz, que conta a história de cinco famílias aristocráticas e o vínculo de suas vidas pessoais com a História de 1805–1813, principalmente com a invasão da Rússia por Napoleão em 1812. Tolstoy nega sistematicamente a seus personagens qualquer livre arbítrio significativo: o curso da história tanto pode determinar a felicidade quanto a tragédia.
Não tem como não se emocionar com o filme e a vida desse grande pensador. 


 "Não se deve resistir ao mal utilizando-se do próprio mal"

Espaço Gastronômico - Casa Vanni

"Abbia un sogno nel tuo cuore"


Sempre ficamos surpresos quando passeamos pela Serra Gaúcha. Por mais que os caminhos sejam simples nas sinuosas estradinhas do interior, há sempre algo a conhecer.
Uma dica pra quem segue de Farroupilha em direção à Bento pela rota Caminhos de Pedra, é optar por um delicioso almoço em um espaço rústico em meio a muita natureza.
O Café Pranzo Al Sacco e o Restaurante Riso Pasta & Basta estão situados em um casarão de época, o que traz um charme muito especial ao local. O restaurante abre de quinta à terça das 12h às 15:30h. Jantares apenas com reserva para grupos de 10 a 25 pessoas.
Fone (54)3455-6383.
A casa ainda oferece cestas, toalhas e especiarias. Pode-se optar por um romântico pic-nic no espaço externo. Esperemos a primavera!

Detalhes do jardim 

   






No interior...
Único e charmoso.
Um espaço ideal para soborear a culinária italiana em harmonia com as grandes idéias da chef Jerusa Vanni.


A especialidade da casa são risotos e massas.
A carta de vinhos respeita a produção local.





Optamos por compartir um risoto de abobrinha com castanhas laminadas e carpaccio de frango. Tentarei reproduzir esta receita. Estava muito saborosa.


Voltando...
Cores de inverno.





"Perfeito no seu roteiro. Presente na sua lembrança"

"Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo * mas tinha medo de perguntar"


Mais um filme do Woody Allen.
Dessa vez, nosso criativo diretor ultrapassa as fronteiras da comédia consolidando sua sensibilidade tresloucada e sua irreverência maliciosa e divertida com a predisposição para o humor visualmente cativante. Allen revela-se um cineasta "inteligente, sofisticado e com visão do cômico" (Cue).
Allen arrasa com diversas vinhetas ilárias que satirizam as questões mais complicadas da sexualidade. Os afrodisíacos mostram-se eficazes para um bobo da corte que consegue a chave para o coração da rainha, mas descobre que a chave para o seu cinto de castidade poderia ser mais útil. Atos não naturais tornam-se selvagens e felpudos quando um bom doutor (papel do incrível Gene Wilder) apaixona-se por uma caprichosa e fofinha ovelha vinda dos Alpes da Armênia. Nesse instante, não tem como você não rir muito de toda a situação.
Igualmente interessante o episódio do fim, quando o corpo humano é visto como uma máquina repleta de pequenos homenzinhos responsáveis por cada setor do organismo. 
É uma boa sessão para um final de noite.   

Cardápio de Inverno



O curso com o chef  Luciano Lunkes foi realmente muito bom.
Todos os pratos estavam saborosos e não são daqueles difíceis de preparar.
Pra quem gosta de uma boa comidinha, deixo aqui as receitas. Valem a pena!!!


ENTRADA

Creme de cogumelos paris, alho-poró, vinho do porto e azeite trufado, com croutons e queijo brie

Ingredientes:
50 g de manteiga; 2 alhos-porós lavados e fatiados finamente (somente as partes branca e verde claro); um raminho de tomilho fresco; 350 g de cogumelos paris frescos limpos e fatiados; 3 colheres (sopa) de cogumelo porcini seco picado; 2 colheres (sopa) de farinha de trigo; 900 ml de fundo de frango (ou mais, se precisar); 1 xícara de creme de leite fresco; aproximadamente 60ml de vinho do porto; 2 colheres (sopa) de salsinha picada; 150g de queijo brie cortado em 8 fatias; 8 fatias finas de baguete torradas; 4 colheres (chá) de azeite trufado; sal e pimenta-do-reino branca a gosto.

Preparo:
1 - Sue o alho-poró na manteiga. Acrescente o tomilho e os cogumelos fatiados. Continue suando por mais uns 8 minutos, tendo o cuidado de não deixar que o alho-poró fique dourado.
*Suar significa tirar o açúcar. O fogo tem que ser o mínimo possível. Utilizar uma pitadinha de sal e ter paciência de ficar misturando por uns 15 minutos. A cebola deve ficar transparente e o alho-poró não mudar de cor. Este processo corresponde a 1/3 da qualidade do prato.
2 - Acrescente a farinha de trigo e o cogumelo portini picado. Levante o fogo e cozinhe por mais um minuto. Incorpore lentamente o fundo de frango e deixe levantar fervura. Baixe o fogo para o nível médio e cozinhe por uns 15 minutos. Acrescente o vinho e ferva por mais 5 minutos. Desligue, retire o raminho de tomilho e bata tudo no liquidificador juntamente com o creme de leite fresco (substituímos por batata processada).
Tempere com sal e pimenta do reino branca.
3 - Toste as fatias de baguete. Disponha sobre elas o queijo brie e volte ao forno para derreter o queijo. Enquanto isso, reaqueça a sopa. Sirva em 4 cumbucas e derrame sobre cada uma delas 1 colher de sopa de azeite trufado (este azeite especial dá um outro sabor aos pratos, mas não deve ser aquecido).
Disponha a torradinha sobre a sopa e sirva imediatamente.

  

Braseado de cordeiro e azeitonas com polenta mole e ricota

Ingredientes:
1,2kg de pernil de cordeiro desossado; sal e pimenta-do-reino a gosto; azeite de oliva; 250g de bacon cortado em cubos pequenos; 1 cebola grande cortada em cubos; 4 dentes de alho descascado; 2 talos de aipo cortado em peças pequenas; 2 cenouras médias cortadas em cubos pequenos; 1 colher (sopa) de sementes de erva-doce (funcho); 3 ramos de tomilho; 2 folhas de louro; 2 xícaras de azeitonas verdes; 2 xícaras de vermute doce; 1 colher (chá) de pimenta calabresa e 2 xícaras de molho básico de tomates.

Molho básico de tomates:
2 colheres (sopa) de azeite de oliva; 4 dentes de alho picados; 1/2 cebola cortada em cubos pequenos; 1/4 de cenoura ralada; 800g de tomate pelado italiano; 1 ramo de tomilho.
Frite o alho e a cebola. Acrescente os tomates, a cenoura e o tomilho. Cozinhe em fogo baixo até obter uma textura espessa. Desligue e reserve.

Preparo:
1 - Frite os pedaços de cordeiro em etapas, até dourar. Tempere com sal. Reserve.
2 - Frite o bacon até dourar. Acrescente a cebola, o aipo, a cenoura, o alho e cozinhe até dourar levemente. Adicione a semente de erva-doce, o vinho, o molho de tomate, a azeitona, a pimenta calabresa, o tomilho, o louro e o cordeiro.
3 - Deixe levantar fervura, tempere com sal, baixe o fogo e cozinhe por 1 hora e meia, ou até o cordeiro ficar macio (usamos o forno em 180 graus).
     Sirva com a polenta mole. 

Para a polenta:
600 ml de água fervente e salgada; 100g de polenta instantânea italiana; 80g de ricota creme.
Quando a água estiver fervendo, acrescente aos poucos a farinha, mexendo sempre até atingir a consistência desejada. Desligue e acrescente a ricota.
O prato ficou delicioso. A carne estava desfiando, molhadinha e bem condimentada.  



Por fim...
Mousse de chocolate amargo, castanhas, licor cointreau e laranjas

Ingredientes:
3/4 de xícara de marrons em conserva ou congelados (são castanhas européias); 5 colheres (sopa) de açúcar; 3 colheres (sopa) de água; 190g de chocolate amargo + 1/4 de xícara de chocolate amargo (picado finamente); 3 ovos grandes, bem separados; 3 colheres (sopa) de cointreau; 1 1/4 xícara de creme de leite fresco; 3 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro; 1/2 laranja de umbigo separada em gomos (bem limpa, sem os nervinhos brancos).

Preparo:
1 - Processe as castanhas e 1 colher (sopa) de açúcar até atingir a consistência de um purê. 
2 - Em um bowl inoxidável, sobre uma panela com água fervendo (não encostar a bacia na água), coloque os 190g de chocolate e as 3 colheres de água, até o chocolate derreter, mexendo constantemente.
3 - Bata as gemas e misture ao chocolate, mexendo sempre, até engrossar um pouco (2 ou 3 minutos).
4 - Retire do fogo e adicione o cointreau e o purê de castanhas. Misture bem e deixe esfriar completamente.
5 - Em outro recipiente, bata as claras em neve e adicione as 4 colheres de açúcar restantes, pouco a pouco. Incorpore a metade das claras batidas ao chocolate. Acrescente a outra metade, gentilmente, até misturar bem.
6 - Em um terceiro recipiente, bata o creme de leite fresco até ficar aerado e firme. Acrescente o açúcar de confeiteiro e misture. Reserve a metade do creme de leite batido e incorpore a outra metade de chocolate.
7 - Sirva em taças com uma colher (sopa) de creme de leite fresco batido, o chocolate picado e um ou dois gomos de laranja para decorar.
     É só servir. Fica uma maravilha.


 Duas dicas:
Quando for bater a clara em neve, adicionar algumas gotinhas de limão antes. Isso ajuda a espumar mais rapidamente.
Para fazer o chantily, utilizar o creme de leite fresco gelado e bater também em um local resfriado. Fascilita a formação do creme.
Bon appétit!

Fim de semana na Serra

Mesmo no frio a beleza nas formas mais delicadas prevalecem.


*Dessa vez farei registros mais expressivos que demonstrem a potência do inverno ainda mais rigoroso na nossa Serra Gaúcha. 

Curso de culinária

A aula de hoje promete.

CARDÁPIO DE INVERNO – Chef Luciano Lunkes

Cardápio com degustação:

Entrada:
Creme de cogumelos Paris, alho-poró, vinho do Porto e azeite trufado, com croutons de queijo Brie.

Prato principal:
Braseado de cordeiro e azeitonas com polenta mole com ricota.

Sobremesa:
Mousse de chocolate amargo, castanhas, licor Cointreau e laranjas.
 
*Semana que vem comentarei as novidades.

*Filme - Noivo neurótico, noiva nervosa


Vencedor do Oscar "Melhor filme" em 1977

"Há uma antiga piada:
Duas velhinhas em um hotel fazenda em Catskill.
Uma diz: "A comida aqui é um horror".
A outra diz:
"Eu sei, porções minúsculas".

É assim que vejo a vida: cheia de solidão, miséria, sofrimento e tristeza...
e acaba rápido demais".
(Woody Allen)

Este filme, considerado por grandes críticos como a obra prima de Allen realmente merece destaque. Na verdade, todos os filmes desse cineasta merecem realce e podem ser vistos e revistos que sempre trazem algo de novo e cômico. 
Ninguém tratou tão pontualmente e de forma tão vasta sobre o cotidiano. São sátiras que nos levam a pensar em nossos próprios momentos em determinadas situações.
E o que dizer sobre o amor, ou sobre os amores? O filme é ótimo ao desenvolver e apontar detalhes que são comuns a todos os mortais.  A insegurança, a liberdade, a disputa. O desejo de querer voltar e estar a sós novamente e logo depois, a vontade louca de estar mais uma vez com aquela pessoa querida. 
E o que dizer de Diane Keaton? Linda, charmosa e talentosa. Seu riso cativa ao mesmo tempo que seu pouco humor é tratado sempre como sintoma de TPM. Normal. Em seu papel faz Annie, uma mulher solitária com uma voz linda que encanta e começa por alcançar novos admiradores. Alvy (Allen) a faz crescer. A incentiva a fazer um bom curso pois acredita que é instigante e de grande valor para a vida uma universidade. Annie começa a ler mais, conhecer, e acaba por despertar de sua antiga rotina. Tudo isso por incentivo de Alvy que vê sua amada sumir em meio a esses fluxos suspendidos.
São coisinhas, às vezes tão pequenas que até podem passar sem que ninguém as notem, porém, fazem toda a diferença em um relacionamento.

Como Alvy diz em outra de suas piadas:
"É uma geralmente atribuída a Groucho Marx...
mas aparece na obra de Freud "Inteligência e o Inconsciente".
É assim, estou parafraseando:
"Não quero ser sócio de nenhum clube que aceite alguém como eu de sócio".
É minha piada chave como adulto em se tratando de mulheres.
Tenho pensado em coisas estranhas ultimamente...
Tento mentalmente montar os pedaços do relacionamento... examinando minha vida e tentando entender onde foi o erro.
Um ano atrás estávamos apaixonados.
Engraçado. Não sou rabugento. 
Não sou do tipo depressivo.
Fui uma criança até que feliz..."

Alvy fala que nossas vidas são de miséria e horror. Horror por todos aqueles que têm sérios problemas, nascem ou ficam doentes, as atrocidades e demais fatores inesplicáveis ao racionalismo humano. A miséria é todo o resto.   

Mesmo dizendo isso, nosso personagem é bastante gracioso em sua abordagem sobre essas questões. Sua coleção de livros sobre a morte também trouxe afinidades. Mas também para mim, é uma atração estranha, uma curiosidade, mas não tem nada de negativo e tristeza nisso. No máximo, saudades... 
       
Concordo com Allen quando diz que a vida é cheia de sofrimentos, é verdade, não há como negar. Mas por outro lado, há momentos únicos, maravilhosos, redentores. E que, assim como uma boa refeição, acabam rápido demais (porções minúsculas).   

Vivemos instantes dilatados porém velozes.

Alice no país das maravilhas


Nada como voltar a ser criança novamente.
São sensações que nos tocam apenas quando estamos abertos a elas. Toda aquela magia, seres fantásticos, cores exuberantes, mundos encantados. Tudo isso é belo demais. Apesar disso, ainda continua sendo melhor as lembranças dos antigos livros ilustrados. O filme em 3D foi bonitinho, mas já não emociona a muitos adultos. Uma releitura tem que ter mais, acrescentar, não resumir. Já não somos cativados por aquilo que já sabemos, queremos criação, novidades. 
Mas o que gostei, foi conhecer o jogo "Alice in Wonderland" do Wii. Depois que já assistimos ao filme é instigante passar por todos aqueles momentos de aventuras e descobertas. O jogo é muito inteligente. Para seguir em frente é preciso persistência e estar atento às dicas, às vezes bem sutis.
Assim como no filme, chama a atenção a beleza dos personagens e a criatividade de seu produtor. Nunca fui inspirada por jogos, mas esse me lembrou uma aventura de estratégia que me divertiu na adolescência "Twinsen's odyssey". Que é uma gracinha.

As imagens são belíssimas





O gato de Cheshire é o meu preferido.
Fiquei em "Tulgey Edge".